sábado, 20 de setembro de 2014

Não somos mais animais?




Nascemos no mesmo planeta, moramos e compartilhamos todos os dias com as pessoas e animais a própria natureza de nosso mundo. Há muitos anos, um planeta nascia, vidas iam se consolidando, modificando, evoluindo! A espécie humana veio alguns milhões de anos depois de tudo isso. Vivemos em um planeta onde existe uma imensa diversidade de espécies, cada uma com suas características, habitat, cadeia alimentar, etc. Uma espécie conhecida no mundo por, Homo sapiens, se destaca na característica de inteligência. Evoluímos e desenvolvemos um grandioso cérebro que permite à nossa espécie capacidades imensuráveis de adaptação e sobrevivência no meio. Mas, esta inteligência vem afastando cada vez mais os humanos de sua verdadeira casa, deixando de se considerar um animal e passando a intitular-se superior a todo esse "espaço não inteligente" que as florestas, rios, animais, vivem. 

Isso, é sim uma grande preocupação para a Terra, pois, a partir do ponto que desconsideramos essa maravilha que veio antes de nós, deixamos de nos importar com seu valor, com seus benefícios vitais, com sua necessidade harmônica com tudo que existe nesse mundo. Com a velocidade que essa ideia osmótica chega às pessoas, a extinção de outras espécies de animais ou plantas, florestas, rios, lagos, tantos ecossistemas, começam a doer menos, a medida que a tecnologia vai aumentando. Observe que a tecnologia tomou uma proporção gigantesca na vida das pessoas. Hoje em dia, viver sem um Smartphone, computador, INTERNET, entre outros produtos tecnológicos é praticamente impossível,não pelo benefício que eles nos trazem, mas pela dependência que eles nos causam. Os benefícios dos avanços tecnológicos assumem o lugar da natureza não tão devagar quanto se espera. 

É possível observar na conduta das pessoas como a Natureza vem se resumindo em pequenas proporções, como por exemplo, uma praça arborizada no centro de uma cidade, um canteiro de flores de uma casa, um chafariz jorrando água, coisa mais simples e possíveis de se ter contato. Mas quando aborda-se o assunto de florestas, mares, proporções maiores do que o cotidiano da selva de pedra, muitas pessoas não sabem como se posicionar, o que falar, ou o que apoiar. Quanto mais se vive em meio a prédios, centros comerciais, shoppings, mais se vive isolado do verdadeiro mundo. Não deve-se negativar a evolução que nossa espécie conseguiu e jamais minimizar essas grandes construções que proporciona lazer às pessoas, mas até que ponto estamos dispostos a ir para agradar o próprio umbigo? Devastar tudo o que vemos pela frente, ignorando a existência de vidas naquele meio? Ignorar completamente tudo que é inferior a capacidade cerebral do Homo sapiens? Assumir-se como animais, que não fazem mais parte desse mundo subdesenvolvido intelectualmente? 

Existem muitos trabalhos sendo feitos pelo mundo hoje, seja por grandes organizações que protegem o planeta da devastação quanto os que favorecem a extinção em pró da evolução material-capitalista. O que devemos fazer é colocar na balança, a natureza que está morrendo pela ambição do ser humano e os avanços necessários a serem feitos para satisfazer seus interesses egocêntricos. O que pesa mais, um planeta que necessita de socorro ou um shopping novo para passear e tirar self's? 


Por: J.A. Pirangelo


 
 

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