Desde ano passado, muitas populações no Brasil vem enfrentando grandes dificuldades com a distribuição da água em suas cidades, mas como se não bastasse, 2015 entrou fazendo muito barulho nas residências que se depararam com a escassez em suas torneiras. Há muito tempo fala-se das grandes crises que atingiriam nosso país se um racionamento d'água não fosse feito. O que não era novidade em nossas tevês, jornais, revistas, cartazes, etc., publicações sobre as consequências que acarretariam se o consumo exagerado continuasse, pois é, elas chegaram, e ainda sim, o que mais vê-se é pessoas indiferentes para o problema.
Várias regiões do Brasil, sofreram muitos cortes no fornecimento de água, no ano de 2014, pelas grandes secas que atingiram seus rios de abastecimento, outras regiões como o Nordeste, há muito sofre com esses problemas, mas nós lembramos deles todos os dias? Não. Enquanto o problema não está em nosso quintal, a indiferença sempre será mais forte, com alguns argumentos sem emoção e sarcásticos sobre os nordestinos. Agora, vivemos esse problema dia após dia, sem saber se terá água na torneira para preparar um almoço, para um banho, lavar as mãos. Foi preciso esgotar muitas fontes de abastecimento para que os brasileiros entendessem o valor que seria a conservação desse bem natural.
Mesmo com muitas reportagens falando sobre as secas, como por exemplo na Serra da Cantareira que abastece a cidade de São Paulo, as pessoas continuam com expressões, " A conta de água vem, mas água que é bom nada!", " Por que não temos água? Isso é um desrespeito com nós, cidadãos humildes". Tantas afirmações sobre o problema, feitas de formas errôneas e ignorantes, que é preciso parar e pensar realmente se eles sabem o que fazem. Quando uma área de abastecimento passa por crises de seca, por causa das poucas chuvas que ocorrem naquele região, o que é distribuído para a população, não retornará como mágica para esse área, é preciso que haja um consentimento que o ciclo da água é único e sucinto e que o desmatamento contribui muito para o clima quente e poucas chuvas. A culpa não é das empresas que distribuem, mas sim das pessoas que gastam sem necessidade, com o pensamento de que é infinita a matéria vital, e nem imaginam as dificuldades que esses rios passam para poder levar vida às pessoas.
Reclamar do problema não adianta. Agredir verbalmente, via internet, empresas que elaboram estratégias para que o fornecimento não pare, mas que diminua, não levará à solução, mas criará um caos sem volta. É preciso que nossa população: evolua seus conceitos sobre preservação ambiental, tenham um entendimento claro de que água cai do céu mas as vezes não cai na área que mais precisa, que o consumo desenfreado apenas esgotará as fontes que estão no limite e que as chuvas são necessárias para o abastecimento de nossas reservas, e economizar é prioridade em nossa lista de afazeres diários. Se não há valor na vida que te sustenta, não há valor algum na vida que se vive.
Quer ajudar na preservação da água? Então siga as seguintes dicas.
1- Usar água somente para o necessário;
2- Na hora de lavar a louça, abrir a torneira somente quando precisar, em potência miníma;
3- Durante o banho, fechar o chuveiro, enquanto se ensaboa e massageia os cabelos;
4- Procurar reutilizar água de chuva para:
1- Encher piscinas;
2- Lavar quintal, calçadas, carro;
3- Lavar roupas;
4- Dar banho em cachorro;
5- Sempre manter algum galão armazenado para possíveis crises em sua cidade/bairro.
6- Denunciar pessoas que desperdiçam água, para as empresas responsáveis pela distribuição da sua cidade.
Por: J.A. Pirangelo
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