sexta-feira, 15 de agosto de 2014

Restauração do Ecossistema - Sua importância


Restauração Ecológica é uma atividade intencional que inicia ou acelera a recuperação de um ecossistema em relação a sua saúde, integridade e sustentabilidade. Freqüentemente, o ecossistema que necessita restauração foi degradado, perturbado, transformado ou inteiramente destruído como resultado direto ou 
indireto de ações humanas. Em alguns casos, estes impactos nos ecossistemas foram causados ou agravados por agentes naturais como fogo, enchentes, tempestades ou erupções vulcânicas a um ponto no qual o ecossistema não pode recuperar seu estado anterior à perturbação, ou sua trajetória histórica de seu 
desenvolvimento.
A restauração é uma tentativa de retornar o ecossistema à sua trajetória histórica. Portanto, as condições 
históricas são o ponto de partida ideal para o planejamento da restauração. O ecossistema restaurado não irá necessariamente recuperar seu estado prévio, já que as condições e limitações atuais podem ter causado 
seu desenvolvimento em uma trajetória alterada. A trajetória histórica de um ecossistema seriamente impactado pode ser difícil ou até impossível de ser determinada com acurácia. Não obstante, a direção geral e os limites desta trajetória podem ser estabelecidos através de uma combinação do conhecimento da estrutura do ecossistema antes de ser degradado, sua composição e funcionamento, através visão geral
Seção 1: de estudos em ecossistemas similares intactos, através de informações sobre as condições ambientais regionais e pela análise de informações de outras referências ecológicas culturais e históricas. 
Estas fontes combinadas permitem mapear a trajetória histórica ou condições de referência a partir dos dados ecológicos fundamentais e dos modelos preditivos. Seu uso no processo de restauração deve auxiliar a condução do ecossistema na direção de melhorar sua saúde e integridade. A restauração representa 
comprometer terra e recursos por prazo longo e indeterminado e por isso exige ponderação. Decisões coletivas são mais prováveis de serem honradas e implementadas que aquelas tomadas unilateralmente. Por 
esta razão, é necessário que todos participantes concordem em iniciar o projeto de restauração por consenso. Uma vez que a decisão de restaurar é tomada, o projeto exige planejamento cuidadoso e sistemático e monitoramento da recuperação do ecossistema. A necessidade de planejamento aumenta quando a unidade de restauração é uma paisagem complexa de ecossistemas contíguos.
As intervenções empregadas em restaurações variam grandemente entre projetos, dependendo da extensão e duração das perturbações passadas, condições culturais que formaram a paisagem, além das limitações e 
oportunidades atuais. Na circunstância mais simples, a restauração consiste em remover ou modificar uma perturbação específica, permitindo então que os processos ecológicos realizem uma recuperação independente. Por exemplo, a remoção de uma barragem (como já aconteceu centenas de vezes nos EUA 
e Europa) permite o retorno do regime de inundação. Em circunstâncias mais complexas, a restauração pode também exigir a reintrodução intencional de espécies nativas que foram perdidas e a eliminação ou controle de espécies exóticas prejudiciais ao limite máximo que for praticamente possível.



  

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